terça-feira, 11 de setembro de 2012

ADEUS PLANETA

A Colômbia criou um guia, ou melhor um “pacto”, conforme um manual de 02 de agosto, emitido pelo Ministério do Ambiente e Agência Nacional de Licenças Ambientais , conforme proclamado: “Para cada hectare de um ecossistema colombiano afetado por um projeto mineiro de hidrocarboneto, infraestrutura ou energia, a empresa responsável deverá proteger dois a dez hectares de um ecossistema correspondente” Esta regulamentação ambiental, que não merece este termo, tem a co-assinatura da The Natura Conservance TNC e WWF y Conservación International. Classifico de guia ou “pacto” porque ambas as partes concordaram em assiná-la e cumpri-la, até mesmo porque uma das partes jamais irá cumpri-la. Imaginem que a Colômbria abriga 14% da biodiversidade do planeta e chegou a uma decisão hedionda como esta. Primeiramente ela se torna omissa com a devastação ambiental, passando-se como boazinha e reguladora do mesmo, para o analfabetismo nacional, latino e mundial. O enunciado do manual se for analisado com sabedoria, será facilmente percebido que é desconexo totalmente. Surrealisticamente declara ser a favor do abuso ecológico, pois o que significa o termo “cada hectare” e sua correspondência protegida, o que perguntamos onde? como? quando? se vale a pena? O espaço de dois a dez hectares, ou seja oitenta por cento de vácuo ecológico, fica por conta do seu espanto. Imaginem a infantilidade deste manual! Podemos até mesmo viajar um pouco: “por cada homem morto pela indústria de fumo, as indústrias de tabaco se responsabilizarão pelos pulmões de dois a dez homens, etc!!!????” Por cada pessoa envenenada pelo “carro da fumacê que mata a dengue (e o resto também), serão protegidas duas ou dez pessoas naquela cidade de qualquer forma de poluição do fumacê da dengue. Acrescentado fumaças de cigarros, maconhas, charutos e gases soltos à revelia de alguns despercebidos. Por cada pessoa geneticamente alterada por alimentos transgênicos serão bem alimentadas saudavelmente duas ou dez pessoas. Elas formarão um novo tipo de ser humano com sorriso executivo e disponibilidade para vendas e negócios, inclusive para aplicações nas bolsas financeiras. Será que alguma recompensa de recuperação ambiental, será compensatória diante da legalização da destruição do meio ambiente?

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