terça-feira, 28 de agosto de 2012

COM CIÊNCIA OU SEM CONSCIÊNCIA?

Neste pequeno artigo proponho fazer duas perguntas interessantes: poderá haver uma divergência de interesses entre o público e a academia científica? Em primeiro lugar é necessário que perguntemos se existe uma academia de ciência diferente de outra. O fator que marcará esta diferença será a consciência com que esta academia manipula suas produções. Em segundo lugar, como este trabalho é apresentado ao leigo. É muito simples perceber qual a conduta ou comportamento de um grupo de cientistas ou outro. Até mesmo pelo resultado final de suas pesquisas, uma vez que o leigo, nem sempre está a par do andamento das experiências, em cada etapa que ela se apresenta. Não só a tecnologia bélica, mas outras deveriam ser analisadas com mais rigor, incluindo a farmacêutica e outros ditos laboratórios de outras áreas. A segunda pergunta: é possivel ao jornalista cientista providenciar uma inversão na busca de suas notícias? Explico: em lugar de contactar à fonte científica e tecnológica, contactar ao povo. De qualquer forma esta fonte nunca está fora da pesquisa, por ser inerente. Exemplos: em vez de consultar aos antropólogos, inquirir também aos índios. O mesmo para os negros, as minorias, que seriam ouvidas com tanta atenção como aos discursos dos sociólogos. Seriam fontes de pesquisas para a divulgação científica, os estudantes, os doentes, os assalariados e não somente os pedagogos, os ministérios de saúde e os patrões ou sindicatos, conforme o caso. Alguém dialogou com os cidadãos sobre os transgênicos? Não são eles que vão usá-los? A pergunta é interessante porque se formos fazê-la à CIB-CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA, ela será totalmente a favor de seu uso. Por outro lado, se procurarmos informações em algumas ONG'S, umas serão a favor e outras contra. Mas este é um assunto também muito sério que poderá ficar para outra ocasião. E o cidadão, você que está lendo este artigo, já pensou nisto? Ontem à noite, passou por várias cidades do Brasil, o famoso "carro do fumacê". Ele já é um fato cultural de nossa sociedade. Está totalmente amparado por todas as prefeituras e governos, com o aval de todas as secretarias de saúde. Se consultarmos a estes órgãos governamentais qual a melhor forma de combate à dengue, aliada aos cuidados de cada cidadão, eles nos informarão que é através do famoso "carro do fumacê". Alguns até dirão: é ele que joga o produto no ar! Ou: solta o remédio no ar! Mas alguém perguntou a você cidadão, se está de acordo com este carro soltando fumaça na sua rua, todas as noites? Como você se sente depois que ele passa? Tem náuseas, dores de cabeça, dificuldades para respirar? Seus filhos estão com problemas respiratórios? Há muitas pessoas com crises cardiovasculares pela redondeza? Quantas pessoas sofrem depressão onde você mora? Esclarecemos que todas as doenças acima, podem também ter outras origens que aquelas advindas das toneladas de inseticidas jogadas no ar e no solo. Quais são os produtos químicos do carro do fumacê? Alfacipermetrina, destametrina que são produtos piretróides causando irritação nas mucosas, dificuldades de respiração, problemas brônquios e em alguns casos taquicardia. Malathion e temephos que são organofosforados, produtos também usados na guerra química. Causam lacrimejamento, salivação, sudorese, diarreia, tremores e inclusive entre outras doenças a temida depressão. Diflubenzuron, produto extremamente tóxico, existindo casos de agentes de saúde com câncer no fígado e diversas outras doenças que citarei em seguida, provenientes do manuseio deste inseticida. Ele provoca também lesões nos músculos, vísceras, pele, sangue, rins, estômago, inclusive no DNA agravando para toxidade genotóxica. Em outras palavras, estende a várias gerações. Todos estes produtos são validados pelos seus laboratórios com seus cientistas trabalhando dia e noite para atender aos milhões de toneladas que são jogados diariamente no ar e no solo. Finalizando este artigo, não ficará dificil responder quanto à divergência de interesses entre ciência/tecnologia sem consciência e a população. Também faz parte da cobertura do jornalismo científico uma inversão de contatos, para trazer à luz as informações encobertas pela inconsciência de alguns cientistas e a desinformação governamental. Mas fica uma última questão: existe algum produto não tóxico que poderia ser usado para combate à dengue, na mesma escala dos acima referidos? Se você souber de alguma coisa interessante, envie para mim no email adameveelsalem@gmail.com.

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